Pages

sábado, 22 de setembro de 2012

A Missão

Obra Missionária



Nosso maior e mais importante dever é pregar o evangelho.

O que é obra missionária?
O Senhor declarou que a obra missionária é responsabilidade de cada santo dos últimos dias (ver Mateus 28:19–20; D&C 88:81). Vivendo uma vida reta e com a força de seu testemunho, os membros da Igreja do Senhor podem compartilhar a mensagem do evangelho e ajudar a preparar seus familiares, amigos e conhecidos, que não são santos dos últimos dias, para serem ensinados pelos missionários de tempo integral.
Quando desfrutamos as bênçãos de viver o evangelho, desejamos naturalmente compartilhá-las com os outros. O Senhor falou da alegria que sentimos na vida quando compartilhamos Seu evangelho.


Gordon B. HinckleyO navio que me levou à Inglaterra atracou no porto de Plymouth na noite de 1º de julho de 1933. Nós, os três missionários a bordo, tomamos o trem que partia do porto para Londres, onde chegamos tarde da noite. No dia seguinte, recebi a designação de ir para Preston, Lancashire. Depois do que pareceu uma longa e solitária viagem ferroviária, fui recebido na estação por meu companheiro, que me levou a nossa humilde morada, perto da Capela Vauxhall, onde fora pregado o primeiro sermão missionário SUD em 1837.
Meu companheiro anunciou então que iríamos para o centro da cidade para realizar uma reunião de rua. Fiquei apavorado. Cantamos um hino e fizemos uma oração. Em seguida, ele passou-me a palavra. Um grupo de pessoas formou-se a nossa volta. Sua fisionomia era ameaçadora. Na época, o mundo estava na fase mais crítica da Grande Depressão e a região de Lancashire fora duramente atingida. As pessoas eram pobres; calçavam tamancos de madeira. As roupas eram um reflexo dos tempos penosos em que viviam. Era difícil compreendê-las: eu vinha do Oeste dos Estados Unidos e elas falavam um dialeto de Lancashire.
Nas primeiras semanas, fiquei desanimado. Escrevi para meu bom pai e confiei-lhe que sentia estar desperdiçando meu tempo e o dinheiro dele. Ele respondeu com uma carta muito curta que dizia: “Querido Gordon, recebi sua carta recentemente. Tenho apenas uma sugestão: esqueça-se de si mesmo e dedique-se ao trabalho”. Pouco antes, naquela mesma manhã, eu e meu companheiro lêramos as seguintes palavras do Senhor: “Porque qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas, qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará” (Marcos 8:35).
Essas palavras do Mestre, seguidas da carta de meu pai, penetraram o âmago de meu ser. Fui ao nosso quarto, ajoelhei-me e fiz uma promessa solene ao Senhor. Fiz o convênio de que tentaria esquecer a mim mesmo e perder-me em Seu serviço.
Aquele dia de julho de 1933 foi meu dia de decisão. Uma nova luz entrou em minha vida e uma nova alegria em meu coração. A neblina da Inglaterra pareceu dissipar-se e vi o sol brilhar. Minha experiência na missão foi enriquecedora e maravilhosa e sempre serei grato por isso.
Demos graças ao Senhor pelo evangelho glorioso de Seu Filho Amado que foi restaurado na Terra. Lembremos que cada um de nós tem o privilégio e oportunidade de fazer nossa própria declaração de fé, coragem e verdade que culminará no cumprimento do mandamento divino de levar o evangelho ao mundo. (“Taking the Gospel to Britain: A Declaration of Vision, Faith, Courage, and Truth”, Ensign, julho de 1987, pp. 2–7, e “Missionary Journal”, Ensign, julho de 1987, pp. 8–11.)
 
“O trabalho missionário não é a única coisa que precisamos fazer nesta grande e maravilhosa Igreja. Mas quase todas as outras coisas que precisamos fazer dependem, primeiramente, de que as pessoas ouçam o evangelho de Jesus Cristo e se filiem à Igreja. (…) Com tudo o que há para fazer ao longo do caminho para a vida eterna, precisamos de muitos mais missionários abrindo essa porta e ajudando outros a entrar.”
—Jeffrey R. Holland
“Somos os Soldados”, A Liahona, novembro de 2011, 46–47